As tradicionais peladas de domingo eram realizadas em quadras esportivas cedidas por terceiros graças à influência política do comendador.
       Começaram por volta de 1965 (?)  no Colégo Frei Orlando, na rua Sabinópolis. Quadra pequena mas que dava pro gasto. Afinal não havia nenhum Pelé na turma. Uns sobressaiam (pela classe ou pela botinada), outros nem tanto, como este escriba que sempre foi um goleiro de razoável para mais ou menos.
       Posteriormente, passamos a utilizar a quadra do Sesc da Rua Santa Quitéria; depois uma quadra situada na avenida Antonio Carlos e, algumas vezes, numa quadra do Sesi no Horto, por sinal a melhor delas. Podia-se, inclusive, lavar o carro no intervalo das peladas.
       Duas ou três vezes, acredito, usamos a quadra do Orion, situada na rua Padre Eustáquio.
       Em determinado fim de semana, na quadra do Sesc da rua Santa Quitéria, houve uma festa no dia anterior (sábado) e, por esquecimento  ou não, foram deixados alguns barris de chope por incrivel que pareça gelados. Como alguns componentes da turma da pelada eram reconhecidos adeptos de cachaçadas, houve um verdadeiro carnaval antes dos jogos, quando a maioria tomou dúzias e dúzias de chope (os paulistas dizem chopes). Também tomei um ou dois para não ficar para trás.
       Até o comendador tomou um ou dois, graças à ausência da comendadora no local. Alguns exageraram na dose exemplos: Piauí (falecido), Zeca (falecido), a turma do Jequitinhonha, Ringo etc.
       Pode-se imaginar que categoria de pelada a pequena torcida presente presenciou (netos do comendador).Faltaram apenas uns salgadinhos para tirar gosto. Também seria querer demais...
       Este foi na realidade o exemplo clássico de colocar uma raposa no galinheiro.        
       No final, prevaleceu o sentido da diversão, sem confusão e outras coisas mais.
       Em outra oportunidade, abordarei o tema das famosas brigas que às vezes ocorriam, na maioria delas por conta do Celso, que gostava muito de driblar os adversários, mas, em hipótese alguma, se submetia a algum drible.
       É interessante lembrar, ainda, que muitas vezes jogamos com a camisa da Portuguesa de Desportos, time de São Paulo. Estas camisas foram doadas por este time quando a empresa na qual eu  trabalhava atuava em São Paulo.
       Estou providenciando uma foto onde aparecem alguns "fósseis" vestindo esta camisa para comprovar que não estou inventando nada.
       Por hora é só. Brevemente voltarei a relatar causos ocorridos nesta nossa convivência ´"peladícia".
       A propósito, comecei a participar das peladas oficiais por volta de 1969, abandonando as canchas há mais ou menos dois anos.


                               Antonio Castilho de Souza
                               (decano da pelada após o comendador, é claro)
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